Muito poderia ter mudado em 50 anos, a gente sabe. Mas, em alguns contextos onde Médicos Sem Fronteiras (MSF) atua, a sensação que fica é que não foram afetados pelo tempo. Ainda há muito a fazer. O passado se confunde com o presente. Ou está presente? O tempo tem essa resposta.
Mesmo com todas as dificuldades, a nossa vontade de seguir em frente, levando cuidados de saúde às populações afetadas por conflitos, epidemias, desastres socioambientais e às pessoas em movimento, segue intacta, assim como a nossa dedicação à humanidade.
E o seu apoio é fundamental para nos ajudar a continuar.
Em cinco décadas,
algumas realidades
mudaram tão pouco
que fica a questão:
passado ou presente?
Observe as imagens
e, de acordo com
o contexto, tente
acertar o ano em que
elas foram registradas.
Em cinco décadas,
algumas realidades
mudaram tão pouco
que fica a questão:
passado ou presente?
Observe as imagens
e, de acordo com
o contexto, tente
acertar o ano em que
elas foram registradas.
REFUGIADOS
ROHINGYAS EM Bangladesh
CAMPO
DE DESLOCADOS NO Sudão do Sul
COMBATE À MALÁRIA,
POPULAÇÕES INDÍGENAS EM Roraima
EPIDEMIA DE SARAMPO
NA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO
ATAQUE A UMA
MATERNIDADE NO AFEGANISTÃO
ATENDIMENTO À POPULAÇÃO
RIBEIRINHA NA AMAZÔNIA
BUSCA E SALVAMENTO
DE MIGRANTES NO MEDITERRÂNEO
VACINAÇÃO CONTRA
MENINGITE NA NIGÉRIA
ATENDIMENTO EM REGIÕES
DE CONFLITO NA SÍRIA
ATAQUE AÉREO EM GAZA
ATENDIMENTO
NA ROTA MIGRATÓRIA MEXICANA
CRISE NUTRICIONAL NA ETIÓPIA
REFUGIADOS
ROHINGYAS EM Bangladesh
Desde os anos 90, mais de um milhão de refugiados Rohingyas fugiram da violência em Mianmar, em ondas contínuas de deslocamento. Eles sofrem há anos com péssimas condições de vida e reduzido acesso a cuidados médicos e outros serviços humanitários. Hoje, há mais de 800 mil refugiados Rohingyas em Bangladesh; a maioria mora nos campos de Cox’s Bazar, o maior acampamento de refugiados do mundo, onde MSF oferece assistência para a comunidade Rohingya e para comunidades anfitriãs.
Foto: Médicos Sem FronteirasOpção
correta:
Quer saber mais
sobre a realidade
dessas populações?
CAMPO
DE DESLOCADOS NO Sudão do Sul
As condições de vida no campo de Bentiu, capital do estado de Unity, afrontam a dignidade humana. Neste que é o maior acampamento para deslocados do Sudão do Sul, país onde MSF atua desde 1983, mais de 150 mil pessoas enfrentam surtos de doenças infecciosas e transmitidas pela água, aumento da insegurança alimentar e desnutrição devido a algumas das enchentes mais graves nas últimas décadas. MSF começou a atuar em Bentiu em 2000, oferecendo atendimento médico a pessoas deslocadas que fugiram da violência e dos combates no país.
Foto: Jan GrarupOpção
correta:
Quer saber mais
sobre a realidade
dessas populações?
COMBATE À MALÁRIA,
POPULAÇÕES INDÍGENAS EM Roraima
MSF chegou ao Brasil em 1991 para combater uma epidemia de cólera entre o Amazonas e a Colômbia. Alguns anos depois, com o aumento dos casos de malária no estado de Roraima, principalmente entre as populações indígenas, MSF desenvolveu um projeto em saúde preventiva de longo prazo no território Yanomami. Em 1994, estendeu as atividades a outros povos, como os Macuxi, Wapixana, Ingariko, Tuarepang, Patamona e Wai-wai. Atualmente, MSF também está em Roraima, levando cuidados de saúde a migrantes e solicitantes de asilo venezuelanos que vêm para o Brasil em busca de melhores condições de vida.
Foto: Remco BohleOpção
correta:
Quer saber mais
sobre a realidade
dessas populações?
EPIDEMIA DE SARAMPO
NA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO
Embora essa imagem seja de 2019, quando a República Democrática do Congo (RDC) enfrentou, entre 2018 e 2020, a maior epidemia de sarampo do mundo (mais de 460 mil crianças contraíram a doença e quase 8 mil morreram), a luta da RDC contra o sarampo não é recente. De setembro de 2010 a março de 2011, por exemplo, MSF registrou, no país, mais de 21 mil casos dessa que é uma das doenças mais contagiosas do mundo. Quase 10 anos antes, em 2002, só na cidade de Muanda, MSF preparou uma campanha de vacinação para atender 44 mil crianças e adolescentes entre nove meses e 15 anos, em algumas semanas. MSF trabalhou pela primeira vez no país em 1977; em 2019, ano desse registro, vacinou mais de 679 mil pessoas contra o sarampo.
Foto: Alexis HuguetOpção
correta:
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sobre a realidade
dessas populações?
ATAQUE A UMA
MATERNIDADE NO AFEGANISTÃO
Em maio de 2020, a maternidade de Médicos Sem Fronteiras (MSF) no hospital Dasht-e-Barchi, em Cabul, foi atacada. Homens armados mataram 24 pessoas, incluindo 16 mães, duas crianças e uma obstetriz de MSF. Pelo menos 20 ficaram feridos. O ataque abalou a organização profundamente e, com a ausência de informações sobre os perpetradores ou o motivo do ataque, tomamos a difícil decisão de nos retirar de Dasht-e-Barchi. Para apoiar o Ministério da Saúde após a nossa partida, doamos medicamentos e equipamentos médicos; 1980 é o ano em que MSF atuou no país pela primeira vez.
Foto: Frederic Bonnot/MSFOpção
correta:
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sobre a realidade
dessas populações?
ATENDIMENTO À POPULAÇÃO
RIBEIRINHA NA AMAZÔNIA
Assim como no início da década de 90 - quando MSF atuou na epidemia de cólera e malária - a organização trabalhou na região Amazônica para combater a pandemia da COVID-19, em 2020, ano em que essa foto foi tirada. Entre outras ações, as equipes de MSF e do sistema municipal de saúde visitaram casas às margens do lago Mirini, em Tefé, para acompanhar o estado de saúde das famílias. No combate à pandemia no Brasil, MSF atuou, ainda no estado do Amazonas, em Manaus, São Gabriel da Cachoeira, Benjamin Constant e Atalaia do Norte, além de outros 11 estados brasileiros, em diferentes momentos, realizando, assim, sua maior operação em 30 anos no país.
Foto: Diego BaravelliOpção
correta:
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sobre a realidade
dessas populações?
BUSCA E SALVAMENTO
DE MIGRANTES NO MEDITERRÂNEO
Milhares de pessoas enfrentam embarcações inseguras e superlotadas para fazer uma travessia de mais de 350 quilômetros pelo Mediterrâneo em busca de segurança e de uma vida mais digna. Desde 2014, estima-se que mais de 22 mil pessoas desapareceram ou morreram nesta rota, que é considerada uma das mais mortais do mundo. Desde o lançamento das atividades de busca e salvamento, em 2015, MSF enviou equipes médicas a bordo de sete navios de resgate, às vezes operando-os em parceria com outras organizações. No total, as equipes de busca e salvamento de MSF já atenderam mais de 82 mil pessoas.
Foto: Anna Pantelia/MSFOpção
correta:
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sobre a realidade
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VACINAÇÃO CONTRA
MENINGITE NA NIGÉRIA
Em 1996, MSF iniciou um grande programa de vacinação e tratamento para meningite que alcançou 4,5 milhões de pessoas em meio a uma epidemia no norte da Nigéria. A doença matou 1.650 pessoas em menos de dois meses. No mesmo período, uma epidemia de cólera eclodiu na cidade de Kano, e MSF montou um centro de tratamento onde cerca de dois mil pacientes foram atendidos e mais de três mil poços foram desinfetados e clorados. As duas epidemias estavam sob controle três meses após seu início. Esses foram os primeiros projetos da organização na Nigéria. No entanto, tanto a cólera quanto a meningite continuam um grande desafio para os nigerianos, e MSF segue atuando nesses e em outros contextos no país.
Foto: Remco BohleOpção
correta:
Quer saber mais
sobre a realidade
dessas populações?
ATENDIMENTO EM REGIÕES
DE CONFLITO NA SÍRIA
Após o início da ofensiva pelo controle da cidade de Raqqa, na Síria, em junho de 2017, as equipes médicas de MSF admitiram 339 pacientes; 273 deles tiveram que passar por cirurgia de grande porte. O país vive em guerra há 11 anos, e os sírios formam o maior grupo de refugiados já registrados desde a Segunda Guerra Mundial: quase sete milhões de pessoas. Ao todo, mais de 13 milhões de sírios já foram forçados a deixar suas casas em busca de proteção em países vizinhos, como Líbano, Turquia e Jordânia. MSF atua no Síria desde 2009.
Foto: Eddy Van WesselOpção
correta:
Quer saber mais
sobre a realidade
dessas populações?
ATAQUE AÉREO EM GAZA
Esse registro de 2009 em Jabalia, Gaza, mostra parte de um bairro inteiro que foi seriamente danificado após um ataque da força aérea israelense. Essa foto, no entanto, poderia ser de 2021, quando 11 dias de intensos bombardeios mataram mais de 250 pessoas e deixaram cerca de 2 mil feridos. Muitos residentes de Gaza tiveram suas casas e seus meios de subsistência destruídos e sofreram ferimentos físicos e psicológicos que irão durar por muito tempo. Desde 1989, Médicos Sem Fronteiras atua na região da Palestina. Em todos os projetos onde trabalhamos no mundo, atuamos de maneira neutra, imparcial e independente, sem qualquer atrelamento a poderes políticos, militares, econômicos e/ou religiosos.
Foto: Bruno StevensOpção
correta:
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ATENDIMENTO
NA ROTA MIGRATÓRIA MEXICANA
Há anos, MSF testemunha e denuncia o perigo no México e as consequências de políticas repressivas contra migrantes originários de países como El Salvador, Honduras e Guatemala, que fogem da pobreza e da violência (algo que MSF testemunha diretamente, visto que também atua nestes países) e depois são expostos novamente à violência extrema no México. Desde 2012, MSF oferece assistência médica e psicológica a migrantes, refugiados e solicitantes de asilo (principalmente de Honduras, Guatemala e El Salvador) ao longo da rota migratória mexicana. No México, MSF trabalhou pela primeira vez em 1985.
Foto: Médicos Sem FronteirasOpção
correta:
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dessas populações?
CRISE NUTRICIONAL NA ETIÓPIA
Embora essa imagem seja do testemunho de MSF sobre uma crise nutricional mortal e crescente na região de Afar, na Etiópia, exigindo uma resposta humanitária urgente e em grande escala em 2022, há pelo menos três décadas, o país enfrenta níveis alarmantes de desnutrição entre a sua população. MSF atua na Etiópia desde 1984. Além da emergência nutricional, MSF mantém outros programas de longa duração em várias regiões do país, como tuberculose, HIV/Aids, saúde primária e leishmaniose visceral, ou calazar. Hoje, em Afar, centenas de milhares de pessoas que fugiram de conflitos recentes se encontram em uma luta ao lado das comunidades anfitriãs contra a seca, a fome e a falta de acesso a cuidados de saúde e água potável.
Foto: Njiiri Karago/MSFOpção
correta:
Quer saber mais
sobre a realidade
dessas populações?
Uma exposição feita a partir
de fotografias marcantes da história
de MSF, onde o passado continua
presente de forma violenta e desumana.
Onde os ponteiros do tempo ainda
parecem estar parados em situações
que levam milhões de pessoas
a precisar da assistência de MSF.
Em 50 anos, o que mudou?
Essa exposição tem muito a dizer.